PEDRA BRUTA / Chico Nascimento
Um despertar solitário ou coletivo do homem, tendência natural do ser humano. Ascendência em um mercado concorrente e individualista. Ser ou não ser, num campo minado. Vencer na invisibilidade, amar e ser amado sem olhar o nível social, pelo prazer da carne e a conectividade espiritual. Coreografar: uma dança de designer e projetos audaciosos para todas as categorias, sem levar em conta a capacidade financeira de um, ou de outro. Emergir do anonimato para um mundo de glórias técnicas.
Esse é o objetivo deste livro, pessoas que fazem acontecer e permanecem escondidas, porque não convém aos mandatários, um pedreiro, um marceneiro, um motorista, um ajudante, todos têm o mesmo direito de aparecer como protagonistas das transformações sociais e do paisagismo. Tem o objetivo de mostrar a invisibilidade, pessoas que se consomem no dia a dia sem ter consciência do que estão fazendo, devido ao efeito das drogas. Retrata uma política econômica e social desigual; porém, abre um leque de oportunidades a todos com espírito empreendedor.
É uma pátria gigante com filhos de sangue misturado de todas as raças, por isso não se discrimina a quem quer que seja. É a pátria que abraça a todos ao mesmo tempo com amor fraternal. Os nomes citados existem e estão muitos deles pela cidade afora, alguns com suas oportunidades extinguidas, em virtude da idade já avançada, ou por terem seus caminhos fechados pelo uso das drogas; porém, continuam vivendo pelas ruas, cumprindo seu destino, caminho traçado por Deus, não perdendo, jamais seu lirismo. Isto é natural da alma.
Francisco Custódio do Nascimento, nascido em 25 de maio de 1946, filho de José Custódio do Nascimento e Júlia Margarida do Nascimento, teve sua infância transcorrida entre os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. Foi criado na área rural, tendo como profissão, até os 17 anos, os serviços de lavrar a terra e dela obter seu sustento. Iniciou seus estudos em 1962, graças à ajuda da Igreja Metodista, que o acolheu sem levar em conta sua origem ou sua índole. Trabalhou na escola rural Instituto Rural Evangélico, município de Colatina (ES), como agricultor meeiro, oleiro e ajudante de caminhão. Concluído o Primário, ingressou no curso de Admissão ao Ginásio, uma espécie de vestibular para alcançar o direito de cursar o Ginásio. Trabalhava sete horas e meia na lavoura de propriedade da escola para pagar duas horas e meia de estudos. Desempenhou funções educativas e evangelísticas durante o período do curso ginasial. Antes de concluir, transferiu-se para a cidade de Vitória para continuar a estudar e trabalhar. Sem experiência e sem a ajuda necessária, mudou-se para São Paulo para trabalhar nas fábricas. Ali enfrentou os problemas que normalmente enfrentavam todos aqueles retirantes de sua faixa etária e despreparados para os desafios. Casou-se com Severina Alves do Nascimento, em 1972, e teve três filhos, considerados suas joias.
Serviço:
Pedra Bruta
Polêmica da Vida
Chico Nascimento
Scortecci Editora
Romance
ISBN 978-85-366-4988-7
Formato 14 x 21 cm
140 páginas
1ª edição - 2017