CONTÍCULOS / Helô Tenório Perrone
Para além de traduzir idiomas, em seus Contículos (que sonoridade tem essa palavra!), Helô traduz a complexidade da vida com um poder de síntese e a leveza de um cartunista. Temas difíceis e caros como a morte e o envelhecimento são tratados com beleza, bom humor e acima de tudo generosidade. Helô nos traz de volta pessoas que já se foram, elaborando as perdas, colocando-as à nossa disposição para nosso convívio. Nos permite fazer uso delas sem cerimônia, realçando que o que importa nesta vida são os nossos laços. Sua capacidade de (re)tratar a vida nas situações mais banais cutuca nossa rebeldia e mostra que podemos ser melhores, podemos reinventar a vida. Nada mais importante do que isso. Helô sabe ser rebelde com doação, elegância e alegria. Além do limite do idioma, essa leitura nos ajuda a atravessar as fronteiras da vida.
Silvia C. Henriques
Há tempos, Helô nos presenteia, a nós, suas amigas e colegas de faculdade nos idos anos sessenta, com seus Contículos. Neles escancara sua alma, cultiva memórias, faz críticas e autocríticas, revela sentimentos e conflitos. Neles demonstra-nos ternura, coragem, irreverência, audácia e muita ironia. A todas nós faz entender que, mesmo depois dos setenta, temos voz, temos vida, temos direito de mudar e ser livres. E também nos faz acreditar que o espírito que nos movia e inspirava naqueles anos sessenta, revolucionário, ainda continua em nós. Helô é como sua amiga Adozinda, não fica velha, e com seus Contículos nos faz sentir como ela.
Maria Ondina Niero Naufel
Hoje, quando meu pessoal saiu pro sítio, quase ao meio-dia, não estendi a roupa que batia na máquina; não arrumei a cozinha de dois cafés da manhã; não fiz as camas; fiz vista gorda à desordem da casa. Me sentei pra ler os Contículos de Helô. Continuar a ler, relaxada, com calma e olho clínico. Bom demais, amiga. Engraçado que somos amigas há uma vida e que pouco sabemos da vida, leque mais amplo, umas das outras. Nos conhecemos na essência e não nos arredores, entendendo por isso outras relações com outras pessoas, familiares, situações. Estou amando!!! Me dá muita raiva que você seja tão mais inteligente que eu!!!
Neuza Negrão
A escrita e um belo
instrumento de libertação.
Os textos já estão gravados
na mente de quem escreve.
Nasci em São Paulo, capital no dia 25 de novembro de 1947. Morei em Presidente Prudente até 1965 e vim para São Paulo fazer faculdade. Fiz Letras Inglês e Português no Sedes Sapientiae/PUC e depois pós-graduação em Linguística na PUC. Fui professora durante muitos anos e sou tradutora desde 1979. Dei aulas de Tradução na Associação Alumni de 1986 até o ano 2000. Dois filhos e nenhum neto. Viúva desde 2004. Tricoteira, amante da música e das artes serei até o fim.
Serviço:
Contículos
Helô Tenório Perrone
Scortecci Editora
Contos
ISBN 978-65-5529-049-3
Formato 14 x 21 cm
112 páginas
1ª edição - 2020