ENOVI ETRAUD - AUTORA DO LIVRO "CERIMÔNIA"

Enovi Etraud escreve poesias desde a adolescência. Nunca as publicou, salvo uma delas, Ciclo Final, com a qual participou de um concurso de contos e poesias da Editora ASES, de Bragança Paulista, (SP). Embora não tenha sido finalista, o poema foi incluído na Antologia de contos e poesias publicada pelos promotores do concurso, o que deixou a escritora muito feliz.
Nasceu em Manaus (AM), em 1943, e aos dois anos seus pais voltaram para o Rio de Janeiro, onde, desde então, sempre residiu.
Graduou-se em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Este é o primeiro dos livros que ainda pretendo publicar com outros de meus poemas. Espero que apreciem, torce a autora.

Cerimônia
São poemas em versos livres, que falam dos sentimentos humanos Cerimoniosamente. Como um culto a essas emoções, que se expressam através das palavras em forma de poesia. Daí o título.
São os sentimentos comuns a qualquer ser humano: a dor de uma perda; a saudade de um passado, narrado em Meninas; um trauma de infância, contado em Desamparo; a impotência diante do destino em Ciclo Final ou, Minha Estrela; a constatação de uma tragédia; a alegria em algum momento especial; a felicidade de viver; a superação de uma paixão, sugerida em Fênix; a tristeza; o ódio às guerras e suas consequências detalhado em O Crescente, Guerra, e Dor, etc.; o medo da morte e o desejo de vencê-la, enredado em Viagem; a solidão que engendra a imaginação buscar a companhia das estrelas traduzida em Estrelado; a perseverança no curso natural da vida em Beduíno; e até simplesmente uma lembrança antiga despertada em poucas linhas , como em Cigarras

ENTREVISTA

Olá Enovi. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro?
São poesias escritas ao longo de minha vida, das quais selecionei 60 que remetem a um tema comum. Trata-se das emoções humanas. São peças que provocam o sentimento da reverência e do ritual, e por isso o título Cerimônia.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Tenho alguns cadernos de poesias guardados ao longo de décadas. Sempre evitei mostrá-los com receio da incompreensão. Passado o tempo, considero justo apresentá-las para que o público as julgue. Preciso conhecer a opinião isenta e espontânea dos leitores. Este livro se destina a todos aqueles que gostam de ter poesia em suas rotinas.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sim, este é meu primeiro livro publicado. Pretendo selecionar outras obras para futuras edições, especialmente poesias que escrevi para crianças.
 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Esta é uma questão muito importante! Relativamente ao público leitor infantil, há cada vez mais atrativos tecnológicos a competir com o livro. Também temos muitos adultos que se contentam com o mero consumo do livro, e não com sua leitura efetiva. As poesias são um tipo de obra que elabora as ideias, muitas vezes, de modo abstrato e filosófico, tocando em sentimentos e emoções de modo artístico. Então ela necessita do engajamento do leitor na sua fruição. Como competir com imagens espetaculosas e efeitos especiais, rápidos e brilhantes sempre prontos a saltar das telinhas?
Infelizmente, nesse ritmo, há um risco de até mesmo nos esquecermos das obras de arte que são nossa herança cultural, em detrimento de experiências descartáveis.
Imagino que a profissão dos escritores, no Brasil, seja permeada de desafios.
Ainda bem que há eventos muito divulgados e populares, como as Bienais, para divulgar a cultura!
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Há alguns anos, eu participei de um concurso de prosas e versos, mas não fui finalista. Contudo, minha obra foi selecionada para ser publicada numa antologia. Então, por ocasião das notícias sobre esta Bienal, busquei saber como poderia publicar um livro. Pesquisando na rede, logo encontrei a Scortecci.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Penso que quem poderá responder a essa pergunta será o leitor. Minhas poesias contêm delicadezas, nostalgias e amor. Eu, simplesmente, espero que os leitores gostem de minhas poesias e se emocionem com elas.
Não posso dizer meus leitores. Ao público em geral peço que leia sempre e cada vez mais. E, de vez em quando, dedique-se a uma das grandes obras da literatura, como, por exemplo, o Fausto, de Goethe, para citar uma obra poética.
 
Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

Curta nossa página no Facebook
Facebook

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home